Are History’s “Greatest Philosophers” All That Great?, por Gregory Lewis (Daily Nous):
In the canon of western philosophy, generally those regarded as the ‘greatest’ philosophers tend to live far in the past. (...)
[M]ost would think (e.g.) Plato and Aristotle should be there, and near the top. (...)
Consider this toy example. Let’s pretend that philosophical greatness is a function of philosophical ability, and let’s pretend that philosophical ability is wholly innate. Thus you’d expect philosophical greatness to be a natural lottery, and the greatest philosophers ever to be those fortunate enough to be born with the greatest philosophical ability.
The Attican population in the time of Plato is thought to have been 250 to 300 thousand people (most of whom weren’t citizens, but ignore that for now). The population of modern day Attica (admittedly slightly larger geographically than Attica in the time of Plato) is 3.8 million. If we say Plato was the most philosophically able in Attica, that ‘only’ puts him at the 1 in 300,000 level. Modern Attica should expect to have around thirteen people at this level, and of this group it is statistically unlikely that Plato would be better than all of them. I am sure there are many very able philosophers in modern day Athens, but none enjoy the renown of Plato; were Plato alive today, instead of be recognized as one of the greatest of all time, perhaps he would be struggling to get tenure instead.
1 comment:
Esta perspectiva não me parece acertada.
Diz-se que esses foram os "maiores" da mesma maneira que falamos nos grandes exploradores (Bartolomeu Dias, Vasco da Gama, etc.). Não é dizer que ninguém depois de Bartolomeu Dias teve a capacidade, coragem, etc. para dobrar o Cabo das Tormentas pela primeira vez - é dizer que na prática ninguém o fez.
A ciência e a filosofia são muito como a "exploração": não importa muito chegar onde outros já chegaram, mesmo que se tenha a habilidade e competência para o ter feito em primeiro lugar caso ninguém lá tivesse chegado primeiro.
Da mesma maneira que exploradores muito capazes não venham a desbravar a imensidão de território que os "grandes" exploradores revelaram (até porque "grandes" é definido pela sua contribuição efectiva para a exploração), e certamente não o possam fazer sem passar em território revelado por esses exploradores antigos, o que inevitavelmente nos recorda do seu contributo, também se diz que toda a Filosofia moderna são notas de rodapé no trabalho de Platão. Não porque Platão tenha sido mais genial que os Filósofos modernos, mas porque os actuais filósofos não chegam à fronteira do conhecimento sem passar por toda a discussão filosófica alimentada pelo trabalho de Platão e outros - não chegam lá sem passar por território desbravado por Platão e por consequência sem deixar de apreciar o seu génio.
Acho que isto explica muito bem porque muitos dos nomes mais importantes na Ciência e Filosofia continuarão sempre no passado.
É a "exploração" do conhecimento.
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