N' "O Acidental" argumenta-se que "Rabin, ainda nos primeiros anos do Estado de Israel, (...) enquanto comandante da defesa da costa, ordenou um ataque de artilharia sobre um barco cheio de radicais israelitas e de armas clandestinas", enquanto Arafat nunca terá sido capaz de fazer algo semelhante contra o Hamas.
Imagino que se trate de uma referência ao "Altalena", um barco carregado de armas para a Irgun (a organização que viria a dar origem ao Likud), afundado pelo exército israelita em 1948. Ora, é verdade que o exército israelita entrou em conflito com a Irgun, mas, antes, havia frequentemente colaborado com ela: durante a guerra de 1947/49, foram várias as acções conjuntas entre a Haganah (i.e., o futuro exército israelita) e a Irgun. Por exemplo, a ocupação de Jaffa pela Irgun foi feita em colaboração com a Haganah. Mesmo o massacre de Deir Yassin foi na sequência de uma operação conjunta Haganah-Irgun-Stern (é polémico se o ataque à aldeia estava já incluido no plano conjunto, ou se foi por iniciativa da Irgun).
Aonde é que eu quero chegar? Que, numa guerra, quando somos a "parte fraca" temos que fazer alianças: era exactamente essa a situação da Haganah no principio da guerra de 47/49 e da Fatah actualmente (ou melhor, neste momento, se calhar a Fatah já nem é "parte fraca" sequer). Só após a Haganah ter estabelecido a sua superioridade sobre os exércitos árabes é que Ben Gurion se voltou contra a Irgun.
Ora, se a Autoridade Palestinana sempre foi a "parte fraca" no recente conflito, seria quase impossível que se voltassem contra o Hamas (pelo que essa analogia entre o Hamas e a Irgun não faz grande sentido).
Imagino que se trate de uma referência ao "Altalena", um barco carregado de armas para a Irgun (a organização que viria a dar origem ao Likud), afundado pelo exército israelita em 1948. Ora, é verdade que o exército israelita entrou em conflito com a Irgun, mas, antes, havia frequentemente colaborado com ela: durante a guerra de 1947/49, foram várias as acções conjuntas entre a Haganah (i.e., o futuro exército israelita) e a Irgun. Por exemplo, a ocupação de Jaffa pela Irgun foi feita em colaboração com a Haganah. Mesmo o massacre de Deir Yassin foi na sequência de uma operação conjunta Haganah-Irgun-Stern (é polémico se o ataque à aldeia estava já incluido no plano conjunto, ou se foi por iniciativa da Irgun).
Aonde é que eu quero chegar? Que, numa guerra, quando somos a "parte fraca" temos que fazer alianças: era exactamente essa a situação da Haganah no principio da guerra de 47/49 e da Fatah actualmente (ou melhor, neste momento, se calhar a Fatah já nem é "parte fraca" sequer). Só após a Haganah ter estabelecido a sua superioridade sobre os exércitos árabes é que Ben Gurion se voltou contra a Irgun.
Ora, se a Autoridade Palestinana sempre foi a "parte fraca" no recente conflito, seria quase impossível que se voltassem contra o Hamas (pelo que essa analogia entre o Hamas e a Irgun não faz grande sentido).
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