Como se vê pelo texto que citei nos posts anteriores, não faz grande sentido acusar o trotskismo de "totalitarismo" (na verdade, até suponho - é capaz se ser arrogancia da minha parte - que muitas dessas acusações têm por base desconhecimento puro e simples da doutrina trotskista: afinal, porque é que alguém no seu pefeito juizo iria estudar uma ideologia absolutamente insignificante?).
No entanto, também há muita coisa errada (a meu ver, claro) no trotskismo (é o que pus a itálico).
Principalmente, temos a crença na planificação centralizada da economia: a planificação democrática de-baixo-para-cima defendida pelos trotskistas (e por outros grupos, como os "conselhistas", a "economia participativa", etc.) pode não ter os defeitos da planificação burocrática de-cima-para-baixo dos "estalinistas", mas provavelmente levaria, como alguém disse, "a 200 reuniões para se produzir uma escova de dentes" (especialmente numa planificação à escala mundial, como defendem os trotskistas). A mim, parece-me muito melhor um sistema de auto-gestão descentralizada (eventualmente com uma autoridade central com um papel subsidiário).
A respeito da ideia de não deverem ser permitidos partidos racistas ou em luta armada contra o "governo operário": a respeito dos segundos, ainda pode haver alguma lógica em proibir um partido empenhado na luta armada contra a "ordem consitucional" (mas tenho as minhas dúvidas); a respeito dos primeiros, eu acho um perfeito disparate a ilegalização de grupos racistas, nazis, etc. (desde que não se passe das palavras aos actos, não vejo qual é o problema de se ser racista, xenófobo, etc.) - mas, como há montes de gente, de várias áreas politicas, que defende a proibição de grupos racistas, acaba por não ser um "mal" intrinseco dos trotskistas.
Tuesday, January 24, 2006
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2 comments:
Caro Miguel,
Estás a dar passsos largos e firmes rumo a liberalismo económico ou progressista;).
Um grande abraço,
Rodrigo Adão da Fonseca
?, pois...
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