Nos texto de A. Vargas Llosa "Dez tiros al Che Guevara", reparei nesta passagem:
"9. (..) Consideremos, por ejemplo, su opinión de que los guerrilleros debían operar desde el campo porque allí era donde vivían las masas luchadoras. En realidad, desde los años 60 la mayoría de los campesinos han abandonado pacíficamente el campo, en parte debido al fracaso de la reforma agraria, la cual ha obstaculizado el desarrollo de una agricultura basada en la propiedad y de las economías de escala con reglamentos absurdos que prohíben toda clase de convenios privados."
Por outro lado, tanto neste texto como no outro, é referido que os camponeses bolivianos não apoiaram a "revolução" de Che porque não precisavam - já haviam tido uma revolução em 1952, que tinha resultado na distribuição de terras aos camponeses.
Ora, aonde é que ficamos: as reformas agrárias "empobreceram os camponeses, fazendo-os ir para a cidade", ou, pelo contrário, melhoraram o seu nível de vida (o que fez eles não estarem interessados em mais "revoluções")?
Já agora, diga-se que, nos anos 60, apenas em dois paises da América Latina tinha havido reformas agrárias significativas: o México, depois da revolução de 1910-20 (aquela que costuma aparecer nos filmes, com o Pancho Villa, o Zapata, etc.); e, exactamente, a Bolivia, após a revolução de 1952. Atendendo a que nos outros paises não houve nenhuma reforma agrária que se visse, como é que o exôdo dos camponeses para as cidades, no geral da América Latina, pode ter sido por causa de "a reforma agrária impedir o desenvolvimento das economias de escala"? E, olhando para a dimensão dos grandes latifundios que continuam a dominar a maior parte da América Latina, de certeza que o problema principal não é a falta de "economias de escala". A mim, parece-me que os camponeses foram em massa para as cidades, exactamente, para fugir à pobreza criada pelos concentração da propriedade em meia dúzia de familias.
Aliás, nem sequer são apenas os "esquerdistas" que dizem isso: até liberais - como Murray Rothbard ou Joseph Stromberg [.pdf, pp 2-4] - defendem ou defenderam certos tipos de "reforma agrária", com o argumento de que os "latifundios" surgiram, não por via do "mercado livre", mas porque, há séculos, algum rei ou conquistador concedeu as terras aos seus "protegidos".
"9. (..) Consideremos, por ejemplo, su opinión de que los guerrilleros debían operar desde el campo porque allí era donde vivían las masas luchadoras. En realidad, desde los años 60 la mayoría de los campesinos han abandonado pacíficamente el campo, en parte debido al fracaso de la reforma agraria, la cual ha obstaculizado el desarrollo de una agricultura basada en la propiedad y de las economías de escala con reglamentos absurdos que prohíben toda clase de convenios privados."
Por outro lado, tanto neste texto como no outro, é referido que os camponeses bolivianos não apoiaram a "revolução" de Che porque não precisavam - já haviam tido uma revolução em 1952, que tinha resultado na distribuição de terras aos camponeses.
Ora, aonde é que ficamos: as reformas agrárias "empobreceram os camponeses, fazendo-os ir para a cidade", ou, pelo contrário, melhoraram o seu nível de vida (o que fez eles não estarem interessados em mais "revoluções")?
Já agora, diga-se que, nos anos 60, apenas em dois paises da América Latina tinha havido reformas agrárias significativas: o México, depois da revolução de 1910-20 (aquela que costuma aparecer nos filmes, com o Pancho Villa, o Zapata, etc.); e, exactamente, a Bolivia, após a revolução de 1952. Atendendo a que nos outros paises não houve nenhuma reforma agrária que se visse, como é que o exôdo dos camponeses para as cidades, no geral da América Latina, pode ter sido por causa de "a reforma agrária impedir o desenvolvimento das economias de escala"? E, olhando para a dimensão dos grandes latifundios que continuam a dominar a maior parte da América Latina, de certeza que o problema principal não é a falta de "economias de escala". A mim, parece-me que os camponeses foram em massa para as cidades, exactamente, para fugir à pobreza criada pelos concentração da propriedade em meia dúzia de familias.
Aliás, nem sequer são apenas os "esquerdistas" que dizem isso: até liberais - como Murray Rothbard ou Joseph Stromberg [.pdf, pp 2-4] - defendem ou defenderam certos tipos de "reforma agrária", com o argumento de que os "latifundios" surgiram, não por via do "mercado livre", mas porque, há séculos, algum rei ou conquistador concedeu as terras aos seus "protegidos".
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