Henrique Raposo pergunta "mas quem é a Greenpeace? Qual é a legitimidade da Greenpeace ou da Quercus para exigir isto ou aquilo?".
E quem é o Henrique Raposo para exigir isto ou aquilo (por exemplo, a liberalização das leis laborais)? Se HR responder "sou um cidadão português, e portanto titular de 1/10.000.000 da soberania", então exactamente o mesmo se aplica aos membros da Greenpeace (pelo menos os portugueses) ou da Quercus.
"E se os portugueses comessem toda a sardinha dos oceanos? So what?" - deixava de haver sardinhas para os netos dos actuais portugueses comerem. HR parece ignorar completamente o problema da "tragédia dos comuns" (i.e., a tendência dos bens que não são geridos por ninguém serem sobre-explorados) - há várias soluções para isso (regulação estatal, pressão moral, gestão comunitária, privatização, etc.), mas como HR parece recusar as propostas de regulamentação da pesca e mesmo (ou sobretudo?) as campanhas de "sensibilização", e, ao mesmo tempo, tenho um forte palpite que consideraria (indo para as propostas do lado oposto do espectro politico) a privatização do mar alto como coisa de guerreiros japoneses, cá gostaria de saber como HR lidaria com esse problema.
"Sabem por que razão não se termina uma estrada em Trás-os-montes? Porque alguém descobriu uma colónia de «ratos cabrera», aparentemente uma espécie ameaçada." - essa história não passa de um mito parecido com as histórias de que o Walt Disney está congelado.
E quem é o Henrique Raposo para exigir isto ou aquilo (por exemplo, a liberalização das leis laborais)? Se HR responder "sou um cidadão português, e portanto titular de 1/10.000.000 da soberania", então exactamente o mesmo se aplica aos membros da Greenpeace (pelo menos os portugueses) ou da Quercus.
"E se os portugueses comessem toda a sardinha dos oceanos? So what?" - deixava de haver sardinhas para os netos dos actuais portugueses comerem. HR parece ignorar completamente o problema da "tragédia dos comuns" (i.e., a tendência dos bens que não são geridos por ninguém serem sobre-explorados) - há várias soluções para isso (regulação estatal, pressão moral, gestão comunitária, privatização, etc.), mas como HR parece recusar as propostas de regulamentação da pesca e mesmo (ou sobretudo?) as campanhas de "sensibilização", e, ao mesmo tempo, tenho um forte palpite que consideraria (indo para as propostas do lado oposto do espectro politico) a privatização do mar alto como coisa de guerreiros japoneses, cá gostaria de saber como HR lidaria com esse problema.
"Sabem por que razão não se termina uma estrada em Trás-os-montes? Porque alguém descobriu uma colónia de «ratos cabrera», aparentemente uma espécie ameaçada." - essa história não passa de um mito parecido com as histórias de que o Walt Disney está congelado.
2 comments:
A mim preocupa-me que no futuro possa não haver Sardinha e Bacalhau e qualquer outra espécie de peixe saboroso.
Mas não será com a "Politica comum de pescas" que a sua sobrevivência será garantida.
Agora quanto ao Greenpeace e à Quercus, a única coisa que tenho a dizer deles é a mesma que Luiz Pacheco disse numa entrevista sobre as "novas gerações" - P_ _ _ que os P _ _ _ _.
Gestão comunitária e privatização são quase a mesma coisa
Existem muito espaço para prrvatizações formais a favor da comunidade local. Sou um grande adepto disso. Até considero que certas privatiza~çoes para o exterior aos locais me parece ilegitima (uma apropriação pelo Estado Central que depois vende propriedade dos outros a terceiros estranhos).
Falta a questão de saber o que é comunidade local? proprietários locais? residentes?
PS: uma das vantagens da popularização do crédito à habitação é ter passado a generalizar o proprietário local, o que facilita.
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