Num sistema competitivo de moedas, o ouro e em menor dimensão a prata acabariam a prevalecer, como de resto prevaleceram antes do ouro ser expropriado e o seu uso como meio de troca ilegalizado.
Motivo? a quantidade total disponível a cada momento é a mais estável que se conhece, estando assim livre das decisões de um emissor poder emitir uma dada moeda, em especial a capacidade de emitir moeda a custo zero, criando capacidade de aquisição "virtual" baseado na perda de poder de compra dos actuais detentores, beneficiando quem primeiro utiliza essa nova quantidade.
A razão de vez em quando me referido ao que chamo de deflação benigna é para tentar demonstrar que não existe benefício na inflação em si, único argumento para os inflacionistas poderem argumentar algo do tipo:
- sim, em livre escolha o ouro seria o meio escolhido mas isso seria mau porque provocaria deflação.
Outro argumento é a emissão de moeda poder obviar a crises, mas este é circular, é a expansão de crédito por emissão de moeda que fomenta a tal financeirização excessiva apontada por alguma esquerda. Os bancos criam crédito fomentado uma bolha e ao mesmo tempo colocando os seus depósitos de clientes em risco de liquidez dado que deixam de possuir a cobertura imediata para retiradas. Com a chegada da crise a insustentabilidade da estrutura de produção, investimento e consumo e a insolvabilidade dos bancos é revelada.
Existiria alguma forma de alguma moeda ser escolhida por causa da possibilidade da sua expansão? Não creio de todo. A moeda como meio de troca tende a ser única e a afastar qualquer outra dado que a tendência será para escolher o meio mais líquido e estável e não o segundo ou terceiro. A ser tempo, qualquer meio de troca proposto cuja quantidade pode ser objecto dos caprichos ou ainda que de gestão bem intencionada será preterido por um que não o é.
Friday, May 04, 2012
Re: Moedas competitivas e politica económica
Publicada por CN em 13:33
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