Alí em baixo, o CN escreve:
Se estamos a falar de "por mais dinheiro a trabalhar que estava parado" voltamos à questão de que dinheiro parado ou a trabalhar só tem efeitos duradouros no nível geral (seja o que isso for) de preços nominais e não na actividade económica.A grande questão é quanto tempo duram os efeitos não-duradoros de "por dinheiro parado a trabalhar" ou de "parar dinheiro que estava a trabalhar" - a longo prazo é de esperar que isso apenas altere os preços nominais, mantendo na mesma o valor real do dinheiro em circulação; mas até essa mudança de preços ocorrer, essas oscilações entre dinheiro "parado"/"a circular" deverão causar alguns efeitos na economia real.
Ora, quanto tempo é o "não-duradouro"? Dias? Semanas? Meses? Anos? É que "se uma carrada de gente guardar o dinheiro no colchão, os preços descem em poucos dias e a economia volta ao nível normal" não é exactamente a mesma coisa que "se uma carrada de gente guardar o dinheiro no colchão, os preços descem em meia dúzia de anos e a economia volta ao nível normal".
No fundo, a polémica na macroeconomia nos últimos 60 ou 70 anos gira à volta disto - o nível geral de preços ajusta-se quase instantaneamente a choques na procura ou demora uma carrada de tempo, ao nível de anos?
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