Segundo o Washington Post (via Razib Khan), as mulheres e raparigas yazidis capturadas pelo "Estado Islâmico" estão presas à espera que se convertam ao islamismo, mas até se converterem os jihadistas não lhes tocam (não, claro, por qualquer respeito por elas, mas porque a corrente do islamismo que professam acham que os muçulmanos não se podem misturar com "pagãs", só com muçulmanas, cristãs ou judias).
Já segundo o Observador e o La Reppublica, as raparigas yazidis capturadas estarão a ser violadas várias vezes por dia.
As noticias não são necessariamente contraditórias - as regras em diferentes campos de prisioneiros podem ser diferentes, e uma noticia é quase um mês posterior a outra (e, no meio de uma guerra, num mês muita coisa pode mudar). À partida, acredito mais na noticia do Observador (está mais de acordo com o que normalmente acontece em guerras civis, e de qualquer maneira creio que o que a lei islâmica proíbe é só casamentos com "pagãs", não qualquer tipo de contacto sexual com "pagãs"; só aquela parte dos telemóveis - os jihadistas terem devolvido os telemóveis às raparigas para estas puderem ligar aos pais contando-lhes que são violadas todos os dias - é que me parece mais esquisita, mas é capaz de fazer sentido numa lógica de aterrorizar o inimigo), mas onde quero chegar é que parece boa ideia filtrar cuidadosamente todas as "noticias" que chegam da guerra civil sírio-iraquiana, já que pelos vistos várias serão falsas.
Wednesday, September 10, 2014
O que está realmente a acontecer com as mulheres yazidis?
Publicada por Miguel Madeira em 00:18
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