Em tempos publiquei o post "Keynesianismo e Estatismo", onde escrevia que "na discussão politico-económica do dia-a-dia, os defensores do keynesianismo tendem a ser também os defensores do intervencionismo estatal(...) Isto é, normalmente quem defende menos impostos, privatizações, desregulamentação, etc. são também os que se opõem às politicas keynesianas de gestão do ciclo económico, e vice-versa.".
Entretanto ocorre-me se o ordoliberalismo (uma doutrina económica divulgada sobretudo na Alemanha, onde me parece muito próxima das posições dos democratas-cristãos) não será um possível exceção: pelo (pouco, confesso) que percebo dos ordoliberais parece-me que eles combinam posições micro-económicas não muito diferentes das que se podem encontrar no "Samuelson", defendendo a intervenção do Estado para corrigir "falhas de mercado" (no caso dos ordoliberais, com uma ênfase especial na legislação de defesa da concorrência), com posições macro-económicas à direita de Chicago, defendendo entusiasticamente os orçamentos equilibrados e a moeda forte; assim, será que os ordoliberais poderão ser considerados como um exemplo de estatistas anti-keynesianos?
Já agora, a respeito da minha referência ao Crédito Social como um exemplo de defensores simultaneamente de uma politica monetária expansionista e do Estado pequeno, creio que no mundo atual outros exemplos dessa combinação de politicas que normalmente não vêm combinadas poderão ser os economistas/bloggers Scott Sumner e Nick Rowe.
Monday, March 09, 2015
Keynesianismo e Estatismo - revisitado
Publicada por Miguel Madeira em 10:05
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