Tuesday, November 27, 2018

A censura empresarial da internet

Who Will Fix Facebook?, por Matt Taibbi (Rolling Stone):

Reader wasn’t alone. He was one of hundreds of small publishers to get the ax in Facebook’s October 11th sweep, which quickly became known as “the Purge” in alternative-media circles. After more minor sweeps of ostensibly fake foreign accounts over the summer, the October 11th deletions represented something new: the removal of demonstrably real American media figures with significant followings. Another round of such sites would be removed in the days before the midterms, this time without an announcement. Many of these sites would also be removed from other platforms like Twitter virtually simultaneously.

“All this happens on the same day?” Reader asks. “There’s no way it’s not connected.”

The sites were all over the map politically. Some, like the Trump-supporting Nation in Distress, had claimed Obama would declare martial law if Trump won in 2016. Others, like Reverb and Blue State Daily, were straight-up, Democrat-talking-point sites that ripped Trump and cheered the blues.
Many others, like the L.A.-based Free Thought Project and Anti-Media, were anti-war, focused on police brutality or drug laws, and dismissive of establishment politics in general. Targeting the latter sites to prevent election meddling seemed odd, since they were openly disinterested in elections. “If anything, we try to get people to think beyond the two parties,” says Jason Bassler, a 37-year-old activist who runs the Free Thought Project. (...)

The belief that the recent deletions represent the start of a campaign against alternative media in general have been stoked by the fact that in its efforts to police fake news, Facebook recently began working with a comical cross section of shadowy officialdom: meeting with the Foreign Influence Task Force at the FBI and the Department of Homeland Security; partnering with the Atlantic Council, a NATO-connected organization featuring at least six former CIA heads on its board; and working with a pair of nonprofits associated with the major political parties, the National Democratic Institute and the International Republican Institute. (...)

Whatever the democratic cure for what ails us, what we’re doing now is surely the opposite of it. We’ve empowered a small cadre of ex-spooks, tech executives, Senate advisers, autocratic foreign donors and mainstream-media panels to create an unaccountable system of star-chamber content reviews — which unsurprisingly seem so far to have mostly targeted their harshest critics.

“What government doesn’t want to control what news you see?” says Goldman, the law professor.

Monday, November 26, 2018

Ucrânia sobre lei marcial?

Ukraine president decrees martial law, parliament has to approve (Reuters):

Ukrainian President Petro Poroshenko signed a decree on Monday to introduce martial law for 60 days, a statement on his website said, though it needs parliamentary approval to come into force. (...)

Ukrainian legislation on martial law allows for a slew of curbs, including restrictions on movement and peaceful assembly, curfews, and restricting the media, though Poroshenko’s decree made no specific references to such restrictions. (...)

There was no mention of a presidential election due to be held in March. Poroshenko’s move has prompted speculation by critics and opposition politicians that he might use it to delay the vote.

Saturday, November 24, 2018

A (alguma) história da ilha Sentinela do Norte

Uma thread no twitter interessante sobre a tal ilha Sentinela do Norte (e não, não são um povo tão absolutamente "incontactado" como tudo isso - já houve alguns contactos, uns melhor sucedidos que outros).

Diga-se que não confio muito na teoria que a agressividade dos sentineleses será derivada apenas das "experiências" que um comandante colonial inglês terá feito com eles em 1880. Afinal, no romance de Arthur Conan Doyle "O Sinal dos Quatro", publicado em 1890, os andamaneses são descritos como um povo bastante agressivo para com estranhos (ou pelo menos são assim apresentados no filme -que vi - feito a partir do livro - que não li), o que indicia que já no século XIX os povos dessas ilhas teriam essa reputação:



Ao que tudo indica estará a falar-se dos habitantes das ilhas vizinhas, até porque os sentineleses (ao contrário dos "vizinhos", apresentados no filme como sendo os humanos mais pequenos que existem) parecem ter uma estatura normal, mas é duvidoso que tivessem hábitos muito diferentes.

Friday, November 23, 2018

Greve da Amazon

Thousands of Amazon staff members across Europe were protesting on Black Friday over the way the company treats its warehouse workers.

A coalition of unions across Europe coordinated the action, and the British trade union GMB published a video of workers telling Amazon CEO Jeff Bezos "we are not robots" in five different languages.

A esquerda e o Brexit (ou o Portugalexit)

There is no left-wing case for Brexit: 21st century socialism requires transnational organization, por Lea Ypi (blogs da LSE):

The left needs to turn resolutely to Europe. It needs to pluralise (and not reduce) the sites of political conflict. It needs to build a pan-European movement through transnational party lists, shared political manifestos, and common protest initiatives. It needs to mobilise migrant workers rather than alienate them even further. It needs to campaign, in a coordinated way, not for a liberal superstate with a common army but for a European socialist federation which renounces neo-imperial ambitions once and for all. It needs to advocate neither the abandonment nor the reform of the European Union but a review of the Lisbon treaty that dismantles neoliberalism and bureaucracy. It needs to campaign for non-territorial citizenship, European-wide public ownership, extensive popular control of the economy, a new digital common, direct democracy, a federal parliament with revocable public offices and a non-technocratic, accountable, administrative apparatus based on strong principles of subsidiarity.

Wednesday, November 21, 2018

A mobilidade social entre gerações

Intergenerational transmission of socioeconomic status: There is no simple law of mobility, por Martin Nybom e  Kelly Vosters (via Brad Delong):

In 2014, Gregory Clark proposed a ‘simple law of mobility’ suggesting that intergenerational mobility is much lower than previously believed, and relatively uniform across countries. This column tests this law using US and Swedish data. The results show, in contrast to the simple law of mobility, no evidence of a rise in intergenerational persistence and no evidence of uniformity across countries.
Eu interrogo-me se muitas das conclusões do Gregory Clarke, que tem estudado a história da mobilidade social analisando os apelidos das elites sociais ao longo do tempo, não serão distorcidas pelo Manuel Cabrita a enriquecer e mudar o nome para "Manuel Cabral".

Tuesday, November 20, 2018

O ensino doméstico

Entre a casa do ensino e o ensino em casa. Governo propõe alterações à alternativa e pais prometem combatê-las "com todas as suas forças" (Sapo):

Os motivos para a adesão variam também, como refere Álvaro Ribeiro, investigador na Universidade do Minho, que há dez anos se dedica a acompanhar a temática do Ensino Doméstico. A sua experiência levou-o a conhecer mais de 100 casos, estudando-os através de entrevistas, questionários e observação. Com esta bagagem, Álvaro Ribeiro diz ser possível identificar três grupos principais, com diferentes abordagens para o mesmo fim.

De um lado, o investigador aponta para famílias “progressivo-libertárias”, que seguem uma forma de ensino mais livre porque encaram a criança como “um adulto em miniatura e tentam protegê-la ao máximo na lógica da autodeterminação da pessoa”, ou seja, é ela que vai construindo o seu projeto escolar através de “livre experimentação”, enquanto os pais estão lá mas “observam à distância e agem apenas quando entendem que devem agir”.

Do outro, estão famílias “tradicionalistas, de caráter religioso, essencialmente cristão”. Estas seguem uma “doutrina guiada, mas não imposta” onde “defendem que é um direito dos pais assumirem a educação dos filhos”, fazendo-o de forma estruturada com textos e exercícios, e ensinando normas e condutas.

Há ainda todo um espetro de casos “ecléticos”, que recorrem a métodos mais ou menos próximos aos da escola, onde se procura “estimular os conflitos cognitivos”, não doutrinando mas confrontando com conhecimento, e dando “uma maior ênfase à criatividade”.

Alexandra Nascimento atesta esta diversidade, mencionando que no lado libertário existe o “unschooling”. Esta prática, como o nome indica, é uma vertente que pouco ou nada segue a escola, que não usa manuais e baseia-se no ensino livre. A jurista admite que gostava de chegar a esse ponto, mas não tem coragem porque, sendo mãe de quatro, tem de observar os diferentes ritmos dos seus filhos e não consegue estar descansada se “não der alguma estruturação ao trabalho”.

Porém, independentemente das crenças religiosas e/ou ideológicas que separem estas famílias, Álvaro Ribeiro menciona um ponto em comum: todas consideram que a escola “não educa [a criança] para o tipo de pessoa que entendem que devia ser”, e que encara os alunos "como a linha [de produção] de uma fábrica”. Então, decidem “desenvolver um projeto educativo próprio”.

"Your Trigger Warnings Are Triggering Me"

You Are Triggering me! The Neo-Liberal Rhetoric of Harm, Danger and Trauma, por Jack Halberstam:

Much of the recent discourse of offense and harm has focused on language, slang and naming. For example, controversies erupted in the last few months over the name of a longstanding nightclub in San Francisco: “Trannyshack,” and arguments ensued about whether the word “tranny” should ever be used. These debates led some people to distraction, and legendary queer performer, Justin Vivian Bond, posted an open letter on her Facebook page telling readers and fans in no uncertain terms that she is “angered by this trifling bullshit.” Bond reminded readers that many people are “delighted to be trannies” and not delighted to be shamed into silence by the “word police.” Bond and others have also referred to the queer custom of re-appropriating terms of abuse and turning them into affectionate terms of endearment. When we obliterate terms like “tranny” in the quest for respectability and assimilation, we actually feed back into the very ideologies that produce the homo and trans phobia in the first place! In The Life of Brian, Brian finally refuses to participate in the anti-Semitism that causes his mother to call him a “roman.” In a brave “coming out” speech, he says: “I’m not a roman mum, I’m a kike, a yid, a heebie, a hook-nose, I’m kosher mum, I’m a Red Sea pedestrian, and proud of it!

And now for something completely different…The controversy about the term “tranny” is not a singular occurrence; such tussles have become a rather predictable and regular part of all kinds of conferences and meetings. Indeed, it is becoming difficult to speak, to perform, to offer up work nowadays without someone, somewhere claiming to feel hurt, or re-traumatized by a cultural event, a painting, a play, a speech, a casual use of slang, a characterization, a caricature and so on whether or not the “damaging” speech/characterization occurs within a complex aesthetic work. At one conference, a play that foregrounded the mutilation of the female body in the 17th century was cast as trans-phobic and became the occasion for multiple public meetings to discuss the damage it wreaked upon trans people present at the performance. Another piece at this performance conference that featured a “fortune teller” character was accused of orientalist stereotyping. At another event I attended that focused on queer masculinities, the organizers were accused of marginalizing queer femininities. And a class I was teaching recently featured a young person who reported feeling worried about potentially “triggering” a transgender student by using incorrect pronouns in relation to a third student who did not seem bothered by it! Another student told me recently that she had been “triggered” in a class on colonialism by the showing of The Battle of Algiers. In many of these cases offended groups demand apologies, and promises are made that future enactments of this or that theater piece will cut out the offensive parts; or, as in the case of “Trannyshack,” the name of the club was changed.

Triggering Me, Triggering You: Making Up Is Hard To Do (uma espécie de follow-up ao artigo anterior)

Monday, November 19, 2018

As ideias do Labour para a reforma do Estado

How John McDonnell plans to transform the state from within, por George Eaton (New Statesman):

To this end, McDonnell promised to abolish the House of Lords and replace it with an elected senate, revive local government, promote collective land ownership, establish democratically-run public utilities and ensure greater accountability of MPs (he is also, notably, a supporter of proportional representation). (...)

Labour has pledged to return the UK’s railways, energy, water and the Royal Mail to public ownership. But McDonnell vowed to avoid the top-down nationalisations of the Attlee era: “Bringing the privatised utilities back into public ownership but on the basis of them being democratically managed by workers, consumers and community representatives themselves.”

Sunday, November 18, 2018

Wednesday, November 14, 2018

"Oligarquização" no Bloco de Esquerda?

Em primeiro lugar, declaro que apoiei a moção A para esta Convenção, já que, apesar de tudo, considerei que era a melhor linha no conjunto da estratégia do Bloco de Esquerda.

No entanto, há uma evolução que acho péssima - algumas alterações aos estatutos aprovadas, nomeadamente a revogação do artigo dos estatutos que determinava que: o "secretariado nacional e os secretariados das comissões coordenadoras concelhias, distritais e regionais que vierem a ser eleitos são sempre renovados em pelo menos um terço dos seus membros" e que "Nenhum dos seus membros exercerá funções por mais de dois mandatos consecutivos."

Isso é abrir a porta para o surgimento de uma casta de dirigentes que se perpetuem nos cargos, e ainda mais marcante no contexto de um partido que se destacou na luta contra os dinossauros autárquicos (e que portanto percebe bem a necessidade de regras a limitar a perpetuação em cargos, já que, por mais democrática que seja uma eleição, quem já está no poder tem sempre alguma vantagem). É verdade que em pequenos concelhos pode se difícil arranjar pessoas para ir rodando os membros dos secretariados, mas a nível distrital e sobretudo nacional duvido que esse problema exista (e em núcleos extremamente pequenos talvez fosse de equacionar em vez disso a possibilidade de não haver secretariado formal); e, além disso, é estranho que seja quando o partido parece estar a crescer (e portanto esse problema menos se colocaria) que se decide acabar com a limitação aos mandatos.

Há outra alteração que inicialmente me pareceu pior do que é, mas também não me tranquiliza - a substituição da regra que dizia que "A MN será composta, no momento da sua eleição, por um mínimo de 50% de membros que não sejam deputadas ou deputados, nacionais ou europeus, funcionárias ou funcionários do Bloco, ou exerçam cargos remunerados de assessoria a representantes eleitas e eleitos pelo Movimento." por "A MN será composta, no momento da sua eleição, por um mínimo de 60% de membros que não sejam  funcionárias ou funcionários do Bloco, ou exerçam cargos remunerados de assessoria a representantes eleitas e eleitos pelo Movimento"; inicialmente não reparei na mudança de 50% para 60% mas apenas na parte dos deputados deixarem de contar, e pareceu-me que serviria apenas para haver mais funcionários e assessores nos órgãos dirigentes (se há um limite para o número de deputados + funcionários + assessores, e os deputados deixam de contar, sobram mais lugares para funcionários + assessores); vendo melhor, não é necessariamente assim, já que por outro lado o máximo de funcionários+assessores baixou de 50% para 40%, portanto nesse ponto não é claro qual o efeito líquido dessa alteração - mas de qualquer maneira abre caminho a meter, se não mais funcionários, pelo menos mais deputados na Mesa Nacional. Isso provavelmente é feito a pensar na elevada probabilidade de eleger mais deputados nas próximas eleições, mas de qualquer maneira parece-me um passo para ter na Mesa mais profissionais da política e menos cidadãos comuns, com a sua vida e profissões, e que uma (?) vez por mês se metem no comboio para ir à reunião (e, aliás, talvez reforçando a tendência para o Bloco se concentrar no trabalho parlamentar e descurar a ação política nas ruas, bairros, locais de trabalho, etc.).

Uma nota final - poder-se-á perguntar porque é que eu só escrevo isso agora; afinal, antes da convenção o Bloco publicou dois cadernos de debates para onde os aderentes podiam mandar as suas contribuições; não teria feito melhor figura ter mandado este texto (adaptado ao momento) para lá antes da Convenção, para um sitio e numa altura em que ainda poderia influenciar alguma coisa em vez de escrever um post num blogue na semana a seguir, quando já não vai afetar nada? E realmente tinha feito melhor figura, mas só me lembrei que poderia ter apresentado um texto para os Debates agora, quando estava a escrever este.

[Post publicado no Vias de Facto; podem comentar lá]

Monday, November 12, 2018

A nova crise argentina

In Land of Risk-Free 70% Returns, Banks No Longer Lend Out Money (Bloomberg):

Argentina’s central bank has become a kind of borrower of last resort. It’s the only place where banks can safely and profitably park their money, as credit drains out of a slumping economy.

President Mauricio Macri’s latest rescue plan, supported by a record $56 billion International Monetary Fund bailout, has involved jacking the world’s highest interest rates even higher –- they’re now close to 70 percent. The goal is to pull cash out of circulation, curbing inflation and propping up a currency that lost half its value this year. (...)

Meanwhile businesses like CC Agro y Tec, which imports consumer electronics, are getting squeezed out of the credit system, according to Diego Valguarnera, its financial director.

“The banks are faced with the choice of putting funds to work on an investment with virtually no risk, or lending it to companies at a time when consumption is falling,” he says. “They choose the first.” (...)

“It’s a suffocating combo,’’ says Pedro Cascales, a spokesman for the Chamber of Small and Medium Enterprises, which represents more than 500,000 businesses. “Companies can’t pay their providers because sales dropped, or clients are delaying their payments.”
Recordo que escrevi há cerca de dois anos sobre as crises venezuelana (a atual) e argentina (a do ano 2000):
Há tempos, o João Vasco sugeriu-me que escrevesse mais qualquer coisa sobre a crise na Venezuela.

Bem, cá vai: na minha opinião o que está a acontecer na Venezuela é o que acontece quando combinamos um governo de esquerda com câmbios fixos sobre-valorizados (um governo de direita com câmbios sobrevalorizados dá a Argentina na viragem do século).



[...8 parágrafos a descrever uma crise estilo Venezuela...]


No caso de um governo de direita a segurar um câmbio fixo sobrevalorizado, o resultado costuma ser os bancos centrais a subirem as taxas de juro para atraírem capitais estrangeiros, e assim lançando a economia numa recessão quase permanente.

De novo, não é raro que no fim o governo acabe por desvalorizar a moeda, mas também aí é já tarde e a curto prazo o único efeito da desvalorização e juntar ao desemprego uma subida de preços (creio que a crise argentina foi mais ou menos assim).

Ou seja, o resultado de câmbios sobrevalorizados + políticas de esquerda é uma crise do lado da oferta, com escassez de produtos; já para câmbios sobrevalorizados + políticas de direita o resultado é uma crise do lado da procura, com desemprego e falências em cadeia.

Wednesday, November 07, 2018

O que é e o que não é a "Segunda Emenda" da Constituição dos EUA

For Many Pro-Gun Republicans, Gun Ownership Is Skin Deep, por Zuri Davis (Reason).

Em resumo, o direito a possuir e portar armas nos EUA só se aplica a isto:



















não a isto:



















[Contexto: Brian Kemp é o candidato Republicano a governador da Georgia e provável vencedor; Abrams era a sua oponente Democrata]

Friday, November 02, 2018

A "apropriação cultural" explicada por acaso

Numa discussão nos comentários a The Thin Blue Line Flag, nos Bleeding Heart Libertarians:

Sean II:

Eh, this one doesn't quite work. The reason is intent. Although stupid and cheesy and jingoistic, the blue line thing is intended to flatter both cops and flag worshippers. That's why the old glory fans don't complain. The overlap is close to 100%. It's the culture war equivalent of combining chocolate and peanut butter - two great signals joined together in one trollicious political snack.

You'll notice the same guys also fail to complain when hot country music video girls wear Stars and Stripes microkinis. It's because they like tits AND patriotism, and they assume - quite reasonably - that the girls share their fondness for the symbol (or are, at any rate, game to pretend). No inconsistency required.
R. Levine:
I'm not sure if you'll endorse this conclusion, but I think you may have inadvertently provided about the best steelmanning of the various "cultural appropriation is wrong" type positions

Thursday, November 01, 2018

Teodoro Petkoff (1932-2018)

Um artigo sobre a morte (ontem) e a vida de Teodoro Petkoff, um dos ativistas históricos da esquerda venezuelana (bem, no curto momento em que esteve no governo não foi lá muito de esquerda...), e opositor desde a primeiro hora a Hugo Chavez.

[Era um dos autores publicados em 2003 pelo jornal anarquista venezuelano El Libertario numa compilação de entrevistas a personagens da esquerda crítica ao regime, que eu linkei há uns anos, mas esses textos já não parecem estar acessíveis na versão completa]