Acerca do referendo, as instituições de apoio às mães tem sido apresentadas como uma alternativa ao aborto (e muitas - como a Ajuda de berço - foram criadas mesmo com essa intenção).
Eu (apesar de votar SIM e muitas dessas instituições serem dinamizadas por pessoas do NÃO), até acho isso um esforço bastante meritório. No entanto, pelas reportagens que vejo sobre essas instituições, não sei se atacarão o que talvez seja o problema principal (por outro lado, as pessoas que trabalham nessas instituições sabem muito mais dessa problemática do que eu, portanto eu não devia estar a mandar palpites). As gravidezes não-desejadas são sobretudo traumáticas na adolescência, já que as raparigas que são mães nessa altura acabam por deixar a escola e ir trabalhar, ficando, como se diz, "com a vida estragada" (e não me admirava nada que muitos abortos ocorram nessas situações); ora, para esses casos, mais do que fornecer lares, fraldas, ajuda para arranjar emprego (afinal, para as mães adolescentes, se calhar o maior problema não é não arranjarem emprego, mas sim o terem que arranjar emprego), etc., não seria melhor, enquanto continuassem a frequentar a escola (e se tivessem aproveitamento), dar-lhes (ou emprestar-lhes) dinheiro em valor aproximado do que ganhariam num emprego, para as permitir escapar à "armadilha da estagnação social" que muitas vezes a gravidez adolescente representa?
Claro que se calhar essas instituições (ou algumas delas) já fazem algo parecido com o que estou a dizer, e talvez muitas dessas raparigas já não tenham, à partida, grande aproveitamento escolar (ou seja, não sei se este meu post tem alguma razão de ser).
Eu (apesar de votar SIM e muitas dessas instituições serem dinamizadas por pessoas do NÃO), até acho isso um esforço bastante meritório. No entanto, pelas reportagens que vejo sobre essas instituições, não sei se atacarão o que talvez seja o problema principal (por outro lado, as pessoas que trabalham nessas instituições sabem muito mais dessa problemática do que eu, portanto eu não devia estar a mandar palpites). As gravidezes não-desejadas são sobretudo traumáticas na adolescência, já que as raparigas que são mães nessa altura acabam por deixar a escola e ir trabalhar, ficando, como se diz, "com a vida estragada" (e não me admirava nada que muitos abortos ocorram nessas situações); ora, para esses casos, mais do que fornecer lares, fraldas, ajuda para arranjar emprego (afinal, para as mães adolescentes, se calhar o maior problema não é não arranjarem emprego, mas sim o terem que arranjar emprego), etc., não seria melhor, enquanto continuassem a frequentar a escola (e se tivessem aproveitamento), dar-lhes (ou emprestar-lhes) dinheiro em valor aproximado do que ganhariam num emprego, para as permitir escapar à "armadilha da estagnação social" que muitas vezes a gravidez adolescente representa?
Claro que se calhar essas instituições (ou algumas delas) já fazem algo parecido com o que estou a dizer, e talvez muitas dessas raparigas já não tenham, à partida, grande aproveitamento escolar (ou seja, não sei se este meu post tem alguma razão de ser).
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