João Miranda escreve "O grande problema para o SIM é que o único salto abrupto do desenvolvimento humano ocorre no momento da fecundação. Todo o restante desenvolvimento é continuado não sendo possível identificar fronteiras claras". Na sequência do que escrevi aqui, pergunto ao João Miranda: e no caso dos gémeos univitelinos, será que a subdivisão do zigoto/embrião em dois não será um salto tão abrupto como o da fecundação?
Já agora, será que os adeptos do Não acham que, no caso de irmãos siameses, será legítimo um decidir matar o outro (por exemplo, decidindo unilateralmente uma operação de separação)? Eles provavelmente dirão "Claro que NÃO! Nós somos pró-vida!", mas a sua lógica implicaria que sim: afinal, se o momento em que uma pessoa passa a ser uma pessoa é o da concepção, isso quer dizer que, na realidade um par de gémeos siameses seria um único organismo, e uma das "cabeças" decidir acabar com a outra seria uma operação comparável à remoção do apêndice ou das amigdalas! [Antes que alguém me interprete mal, eu não estou a advogar isso - estou apenas a dizer que a conclusão lógica do argumento dos "pró-vida" é esse!]
1 comment:
nesta questão posso "sacar" da minha visão utilitarista, oub então da razão "primordial" que me leva a votar sim.
antes demais esta questão não pode ser transposta para outro tipo de questões como o igreja o fez e outras personagens da praça.
está mais que visto que o aborto ilegal sempre existirá, agora a questão é escolher o mal menor.
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