A respeito do "caso do pai biológico e dos adoptivos", gostaria de fazer uma ressalva um bocado a contra-corrente: está toda a gente a dizer que é uma violência tirar uma criança à família que conhece há anos (quase 5) para a entregarem a um desconhecido. Concordo. Mas também é verdade que o pai biológico a reclama desde que ela tem um ano, e os pais adoptivos se recusam a entregá-la. Ora, se nessa altura a criança tivesse sido entregue penso que não seria uma violência muito grande: afinal, eu, pessoalmente, não me lembro de nada anterior a ter um ano e meio.
Sim, antes de saber que era o pai, este não ligou nada à filha e até teve que ser obrigado a fazer testes. Mas a partir daí passou a ligar; e a verdade é que, infelizmente, é natural que alguém, à partida, goste mais de uma criança que (julgue que) seja seu filho biológico do que duma que (julgue que) não seja.
Note-se que eu não estou a defender que a criança seja entregue ao pai biológico (nem que não seja), apenas que acho que este caso está a ser tratado muito a preto-e-branco.
Sim, antes de saber que era o pai, este não ligou nada à filha e até teve que ser obrigado a fazer testes. Mas a partir daí passou a ligar; e a verdade é que, infelizmente, é natural que alguém, à partida, goste mais de uma criança que (julgue que) seja seu filho biológico do que duma que (julgue que) não seja.
Note-se que eu não estou a defender que a criança seja entregue ao pai biológico (nem que não seja), apenas que acho que este caso está a ser tratado muito a preto-e-branco.
1 comment:
este caso está, para mim tambem, um pouco assombrado de "nevoeiro".
numa vertente mais realista, penso que a questão deve ser ganha para quem tiver melhores condições de a educar.
no final das contas estamos a falar do futuro de uma criança, e depois de atingir a maioridade terá o discernimento de saber se foi "traída" ou não.
Post a Comment