Entre os pró-vida, leio frequentemente argumentos do gênero "o momento decisivo no desenvolvimento de uma nova vida é o da concepção; a partir daí, há só evoluçãos graduais, até ao nascimento".
Então, visto da perspectiva do zigoto/embrião/feto/bebé, quais destas três situações são mais parecidas:
a) nunca ter sido concebido;
b) ser concebido e abortado às 8 semanas;
c) ser concebido e abortado aos 8 meses de gestação;
Para o "ser em gestação", parece-me que o grande salto é do b) para o c); para ele (ou ela), as hipóteses a) e b) são rigorosamente equivalentes: nunca ter existido, ou ter deixado de existir antes de "sentir" a sua existência é exactamente a mesma coisa; pelo contrário, é competamente diferente ser abortado aos 8 meses, numa altura em que o seu cérebro e aparelho sensorial estão totalmente formados e em que ele vai sentir perfeitamente o seu abortamento (a menos que seja anestesiado).
Assim, vendo as coisas pelo ponto de vista de um embrião/feto, o momento decisivo da sua existência é claramente quando adquire um certo grau de actividade cerebral, não o momento da concepção.
E é interessante que sejam as pessoas que mais insistem em equiparar o embrião a uma pessoa que menos procuram ver as coisas da perspectiva do embrião.
[Provavelmente, o Tiago Mendes tem razão quando diz que discussões sobre o estatuto do feto são inúteis, mas pronto...]
Então, visto da perspectiva do zigoto/embrião/feto/bebé, quais destas três situações são mais parecidas:
a) nunca ter sido concebido;
b) ser concebido e abortado às 8 semanas;
c) ser concebido e abortado aos 8 meses de gestação;
Para o "ser em gestação", parece-me que o grande salto é do b) para o c); para ele (ou ela), as hipóteses a) e b) são rigorosamente equivalentes: nunca ter existido, ou ter deixado de existir antes de "sentir" a sua existência é exactamente a mesma coisa; pelo contrário, é competamente diferente ser abortado aos 8 meses, numa altura em que o seu cérebro e aparelho sensorial estão totalmente formados e em que ele vai sentir perfeitamente o seu abortamento (a menos que seja anestesiado).
Assim, vendo as coisas pelo ponto de vista de um embrião/feto, o momento decisivo da sua existência é claramente quando adquire um certo grau de actividade cerebral, não o momento da concepção.
E é interessante que sejam as pessoas que mais insistem em equiparar o embrião a uma pessoa que menos procuram ver as coisas da perspectiva do embrião.
[Provavelmente, o Tiago Mendes tem razão quando diz que discussões sobre o estatuto do feto são inúteis, mas pronto...]
No comments:
Post a Comment