"Alguns anarco-capitalistas (já não são liberais) tentam fundir a moralidade com a economia, tal como fizeram os marxistas. Nesta visão, quem abre as portas ao capitalismo é automaticamente benigno, mesmo quando estamos a falar de ditadores (muitos desculpam Pinochet da mesma forma que a esquerda desculpa Fidel Castro). Estes anarco-capitalistas partilham uma obsessão com os marxistas do passado: a revolta contra a Política. Acham que encontraram o fim de história, a era pós-política onde uma poção mágica - que unifica economia e moral - põe termo aos conflitos e tensões entre homens."
Bem, sim e não. Existe quem se deixe levar pelo eficientismo, típico do neo-liberalismo associado a Chicago. Mas para mim, ninguém se motiva pela eficiência. Motiva-se sim pela sua própria noção de justiça. A Política vive em sentido abrangente existe na não-política em sentido restrito. Existe dentro de uma associação, de uma empresa, de uma igreja.
Em sentido restrito da política de um Estado, este é o reino do não-direito. A política é o espaço onde o Direito não reside. Decidem-se coisas, mas nada é contratual. É apenas Vontade Geral de Rosseau e o absolutismo de Hobbes.
Embora, como já tenho referido, a redenção da democracia ou do Estado, é conceder a liberdade de separação às suas partes constituintes. Tal direito é apenas natural e impossível de negar sem que a contradição seja evidente, quer para a ideia de democracia quer a de Estado em geral.
1 comment:
basicamente é o que eu penso sobre os liberais e os neo liberais.
os primeiros davam a mesma primazia ao libaralismo politico quanto ao liberalismo economico. já os segundos esquecem-se de forma sistematica do liberalismo politico.
e em certo sentido em certo sentido sao absolutistas. pois se antes o direito divino era dado por deus e a democracia era posta para canto. da mesma forma o direito natural (como eles o entendem, é obvio) eleva-se à "ditadura da maioria" (aka: democracia).
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