Tuesday, January 08, 2008

Emprego na Europa e nos EUA

Another jobs picture Europe vs. US (updated) de Paul Krugman:

This chart shows the employment-population ratio for the United States (blue) and the EU-15 — the 15 earlier, rich members of the European Union (red). It’s annual data 1993 to 2006, so it doesn’t get the recent decline. The numbers, from the OECD, aren’t quite comparable with the BLS version of the ratio, because they’re based on population aged 15-64, not all adults.

What the chart shows is that European countries have lower employment compared with population than the US; that’s a mixture of higher unemployment, lower female participation, and earlier retirement. But since 2000 the US employment record has been weak, while Europe has done much better at creating jobs. As a result, the gap has narrowed substantially.

This gets at a theme I’ve written about in the past, and will surely return to: a lot of the American image of Europe as a moribund economy is, like, so 1990s. They’re doing better now — and we’re doing worse.

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US versus European employment-population ratios

Update: A correspondent asks about how this looks if we just look at prime-working-age adults. Good question. Here’s the employment-population ratio for people aged 25-54, for the United States (blue), the EU-15 (red), and, just for good measure, France (green). Like I said, tales of moribund Europe are a bit out of date.

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7 comments:

Mentat said...

Caro Miguel

Aqui atrasado concordei consigo que a apresentação de certos índices (ex.: produtividade) pode ser errónea e agora apresenta-me um gráfico que suporta uma opinião obviamente falaciosa.

Além do eixo das abcissas dos dois gráficos estarem numa escala diferente, o que não sei se é relevante, mas no mínimo é pouco coerente, retirar as franjas da população adulta dos 18 aos 25 e dos 55 aos 65 anos e com isso inferir que a economia europeia está com melhor comportamento do que a americana, parece-lhe uma conclusão acertada ?
É que se fosse verdade o gráfico também comprovaria que a economia europeia é mais “trituradora” das franjas mais frágeis da população activa.
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Miguel Madeira said...

"Além do eixo das abcissas dos dois gráficos estarem numa escala diferente, o que não sei se é relevante, mas no mínimo é pouco coerente,"

Penso que não é relevante - se a ideia é comparar a Europa com os EUA, o que interessa é que, em cada gráfico, os dados para a UE15 e para os EUA estejam apresentados na mesma escala - e estão.

Quanto a ser "incoerente", se se refirir ao facto de num gráfico a escala estar em percentagem e noutro e números entre 0 e 1, concordo com a crítica.

"retirar as franjas da população adulta dos 18 aos 25 e dos 55 aos 65 anos"

Também se retirou as franjas da população entre os 0 e os 18 (bem, estes ainda não são adultos...) e dos 66 para cima.

Porquê retirar a população entre os 0 e os 25 e com mais de 55? Por uma razão: se a ideia é ver o grau de "actividade" nos EUA vs. UE15, estar a incluir na conta pessoas que é de esperar que ainda não tenham começado ou já tenham deixado de trabalhar distorce os resultados.

Admito que talvez o mais correcto fosse um gráfico 20-65, p.ex.

Seja como for, tanto no gráfico dos 25-55 como do gráfico da população total, parece que (em comparação com a população) tem havido mais criação de emprego na UE15:

Atendendo a população total, a percentagem de pessoas empregadas subiu, de 1993 a 2006, 6 pontos na UE15 contra 2 pontos nos EUA.

Na população entre os 25 e os 55, a percentagem subiu 5 pontos na UE15 contra 2 pontos nos EUA.

Se olharmos apenas desde o ano 2000, em função da população total, o emprego na UE15 subiu 3 pontos e nos EUA desceu 1; na população entre os 25-55, na UE15 subiu subiu 2 pontos e nos EUA desceu para ai 1,5 pontos.

Ou seja, escolher o gráfico de cima ou o de baixo não muda muito as conclusões.

Mentat said...

“Por uma razão: se a ideia é ver o grau de "actividade" nos EUA vs. UE15, estar a incluir na conta pessoas que é de esperar que ainda não tenham começado ou já tenham deixado de trabalhar distorce os resultados.”

Caro Miguel

Pois distorce.
Distorce no sentido que demonstra que a economia europeia não dá saída aos jovens e deita borda fora os “velhos”.
Mas isso é um facto que vemos e sentimos na pele, não precisávamos de nenhum artigo do NYT para nos dizer isso.
Por outro lado os gráficos, curiosamente, desmentem um mito muito espalhado na nossa imprensa, a da boa administração Clinton e da desastrosa administração Bush.
O emprego nos EUA estava a cair com Clinton e recuperou e está a subir com Bush desde 2003 até agora.
Mas a falácia principal do artigo é outra :
Quem está perto do topo cresce sempre menos de quem está por baixo.
Se pusessem no gráfico curvas semelhantes para a China, a Índia ou o Vietname (ou até Angola), então é que era de assinalar economias “fortíssimas”…
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Miguel Madeira said...

"Por outro lado os gráficos, curiosamente, desmentem um mito muito espalhado na nossa imprensa, a da boa administração Clinton e da desastrosa administração Bush.
O emprego nos EUA estava a cair com Clinton e recuperou e está a subir com Bush desde 2003 até agora."

Como assim?

com Clinton, de 1993 a 2000, o emprego subiu 3 pontos.

Com Bush, de 2001 a 2006, parece-me que desceu para aí meio ou 1 ponto

Mentat said...

Caro Miguel

Até em Portugal, em a interferência do estado na economia é enorme se sabe que existe desfasamento temporal entre a intervenção politica e os seus reflexos na economia real.
Portanto o que aqueles gráficos mostram é que no fim da administração Clinton o emprego estava a descer e que no fim da administração Bush o emprego está a subir.
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Miguel Madeira said...

Os gráficos nem chegam ao fim da administração Bush (acabam em 2006).

Mas então, vamos usar como critério a partir de metade do primeiro mandato (1995 par Clinton, 2003 para Bush).

De 2003 para 2006, o emprego em função da população total subiu para aí 1 ponto; de 1995 até 1998 (periodo equivalente com Clinton), o emprego subiu 1,5 pontos. Se contarmos o periodo Clinton de 1995 até 2001, efectivsmente aí o emprego subiu 1 ponto (o mesmo que no periodo 2003-2006), mas aí penso que, para a comparação ser correcta, que teriamos que comparar com o periodo 2003-2009 (em que aínda não sabemos o que vai acontecer)

Mentat said...

“…mas aí penso que, para a comparação ser correcta, que teríamos que comparar com o período 2003-2009 (em que ainda não sabemos o que vai acontecer)…”

Exactamente.
E se Deus quiser cá estaremos para comentar.
E eu darei “o braço a torcer” sem complexos nenhuns.
Aliás, eu até gostaria muito que o artigo do NYT fosse a mais pura das verdades, porque na realidade o que me preocupa mesmo é o emprego em Portugal.
Lá nos “states” é problema deles, apesar de quando eles se “constipam” nós apanhamos uma pneumonia…
E o Presidente que vão eleger também é assunto que me é indiferente.
Aquilo é uma poliarquia.
A verdadeira Sede do Poder está no Senado.
Essa é que é a eleição mais importante.

Se quiser ver umas estatísticas mais coerentes sobre o assunto acima este é o link indicado : http://www.bls.gov/