Thursday, August 13, 2009

Re: "Anarchy, Monopoly, and Predation [pdf]" ou como refutar o anarquismo é defender um Estado Mundial

"por Peter Leeson, criticando a ideia de um anarco-capitalismo assente em "comunidades proprietárias"


Depois de uma leitura rápida, o que me parece é que susbsiste a realidade nada utópica da anarquia internacional:

- cada Estado (definição de Estado: agência com o monopólio territorial da violência) é uma espécie de comunidade (como fica bem dizer, comunidade política)
- cada Estado tem o seu próprio Direito Criminal e Civil
- cada Estado tem os seus meios e instrumentos de exercer a violência: segurança interna e externa
- cada Estado em geral, está pronto a defender a sua soberania (monopólio territorial da violência) por todos os meios violentos contra atentados por terceiros (na realidade, concorrentes).

Assim, a refutação da possibilidade de anarco-capitalismo assente em "comunidades proprietárias", tem como consequência inconsciente ou não, refutar a possibilidade no longo prazo de existirem Estados independentes, causando uma espécie de inevitabilidade histórica de um futuro Estado Mundial que depois irá pela violência impedir qualquer Direito de Secessão, direito no qual assenta a própria ideia de soberania independente (no fundo, cada soberania reclama a secessão do resto do mundo).

Um bom conservador no fundo é um anarquista. Até um mau nacionalista o é. A única (pequena grande) coisa que lhes falta é reconhecer o Direito de Secessão interno. Mas temos aqui um exemplo:

Constitution Principality of Liechtenstein: Art 2. 2) Individual communes have the right to SECEDE from the State.

PS: O internacionalismo baseado na cooperação voluntária das partes e de acordos com capacidade pacífica de reversão mantém o status de anarquia internacional.

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