Daniel Oliveira, sobre o modelo de direcção do Bloco de Esquerda:
Também está em debate o modelo de direção. Também sobre esse assunto não quis prestar declarações avulsas. O ainda coordenador do Bloco de Esquerda decidiu expressar a sua opinião. É, como militante do partido, livre de o fazer. Mas como estamos a falar da futura coordenação, e não da atual, só o faz na mera condição de militante. Caberá à convenção do partido, e só a ela, tomar uma decisão.Um ponto que pode ser levantado é que, pelo menos formalmente, creio que nunca a convenção do Bloco decidiu seja o que for sob o modelo de direcção; nos estatutos do BE [pdf], votados nas convenções, não há lá nenhum "coordenador" ou "porta-voz"; e nunca os delegados às convenções votaram em algum coordenador (no que votam é em listas para a Mesa Nacional, e a partir de certa altura gerou-se a ideia de que encabecer uma lista equivaleria a uma candidatura a coordenador).
Portanto, como é que, em termos "convencionais", irá ser aprovado o sistema de dois líderes? Votando uma alteração dos estatutos instituindo uma dupla liderança (o que podia fazer sentido se, até agora, os estatutos estabelecessem uma liderança unipessoal, mas já faz menos sentido quando, neste momento, os estatutos nada falam sobre liderança)? Ou simplesmente votando, para a Mesa Nacional, numa lista que proclame antecipadamente o seu propósito de funcionar com uma liderança bicéfala (no fundo, como tem funcionado até hoje para liderança de Louçã; tem o problema que, assim, a questão do modelo de liderança nunca chega verdadeiramente a ser votada: os delegados votarão na "lista A" ou numa das listas da oposição com base não apenas no modelo de liderança mas de acordo com o programa global de cada lista).
1 comment:
Nos estatutos do BE não existe o cargo/figura de Coordenador nacional, distrital ou concelhio no entanto há sempre alguém identificado como tal. Vamos lá eleger os coordenadores por voto secreto.
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