Sunday, March 05, 2006

Vou arranjar também uma "micro-causa": a preservação do gato siamês clássico


Esta é a Kika. É verdade que não é uma gata siamesa pura, mas a sua bisavó (a Duquesa) era uma siamesa "pura" e era praticamente igual. E se olharmos para fotografias de gatos siameses de há umas décadas atrás eram assim.

Agora, olhemos para um gato siamês "moderno", p.ex. nestas fotografias da Cat Fanciers Association. Completamente diferente, não é?

Por alguma razão incompreensível, alguém meteu na cabeça que os gatos siameses deveriam ser daquela maneira e os criadores começaram a fazer cruzamentos selectivos para produzirem gatos com aquele formato.

Não que eu queira impedir alguém de criar gatos siameses com o formato que bem lhes entender (embora diga-se que alguns cruzamentos selectivos podem ser nocivos para a saúde do animal), mas, a menos que eu seja a única pessoa no mundo que prefere o gato siamês "clássico" ao "moderno", poderia-se "institucionalizar" a raça "gato siamês clássico" (p.ex., criando uma associação para esse efeito) e haver criadores que se dedicassem a criar gatos siameses com o aspecto "tradicional".

Claro que se poderá argumentar que todo o processo de criação e manuntenção de raças de gatos é reprovável, já que a maneira "digna" de um gato levar a sua vida é dividi-la entre a casa dos seus "companheiros humanos" (quem se diga "dono" de um gato não sabe o que está a dizer) e os telhados, quintais e jardins da vizinhança, o que implica que os gatos sejam "filhos de pai incógnito" e não haja lugar a criação propositada de raças (apenas a raças que surjam espontaneamente, como penso que seja o caso do "europeu de pelo curto" - vulgo "gato do telhado" -, do "bosques da Noruega", etc.). No entanto, como hoje em dia os gatos vivem em apartamentos (e o mundo dos "telhados, quintais e jardins" está em vias de extinção), creio que isso limita esse argumento contra a criação de raças de gatos: a partir do momento em que um gato já está confinado, não vejo grandes problemas em lhe fazer um "casamento arranjado".

3 comments:

Anonymous said...

essa é uma boa questão.

existe o negocio de criação que é completamente desumano. os animais estão confinados a pequenos espaços são tratados como fabricas parteiras é nojento.

pot outro lado, está a questão selvagem versus home made. sinceramente, proibia quem não tivesse deerminadas condições de ter animais, incluindo em apartamentos sem espaços verdes.

um senhor uma vez escreveu que nós sempre fomos nazistas para com os animais, e tem razão. as pessoas não compreendem que um animal tem sentimentos, sente stress, precisa de espaço e são "maquinas vivas" feitas para certo proposito (serem livres) com instintos.

é preciso mudar a forma de pensar e agir, pois apesar de não ser ilegal tratar os animais assim...bem a lei não faz o homem justo, verdad?

quem quiser saber mais, procure a frente de libertação animal (ALF) e a frente da libertação da terra (ELF).

Miguel Madeira said...

"existe o negocio de criação que é completamente desumano. os animais estão confinados a pequenos espaços são tratados como fabricas parteiras é nojento"

No caso dos gatos, os criadores argumentam que não há criação "industrial" de gatos significativa, já que não seria economicamente viável - como é um animal frágil, teria uma alta mortalidade se fosse criado de outra forma que não a "caseira".

Se é verdade ou não, não sei.

Anonymous said...

no caso dos cães esse já não é o caso. existem criações de cães para venda, é só ir as lojas de animais.

o que me dá arrepios é as pessoas quererem mais do que o gato ou o cão, animais que já estão "domesticados", viram-se para animais exoticos selvagens.

entristece-me esta corrida para aumentar o numero de especies engaioladas só para nos agradar.

penso que só o cão tem condições para ser um verdadeiro animal domestico, devido à longa interação humano-cão e à adaptação.