Monday, June 23, 2008

A Esquerda, o aquecimento global e Kyoto


Mas, se os paises pobres, entre usarem a sua dotação de ar puro para se industrializarem e venderem-na aos países ricos, optam pela segunda hipotese, isso significa que acham que os beneficios obtidos com a venda de ar puro ultrapassam os que seriam obtidos industrializando-se (se não fosse assim, não os vendiam), logo quer dizer que os paises pobres ficam melhor assim do que num sistema em que não houvesse possibilidade de transacionar direitos de emissão.

Pode-se argumentar que os beneficios da industrialização (como empregos) chegam a toda a gente, enquanto as receitas da venda de ar podem ficar concentradas nas mãos da elite que gravita em torno do poder; mas isso já será um problema da estrutura socio-politica dos países pobres, não do principio da transacionabilidade dos direitos de emissão.

2 comments:

Anonymous said...

quando eu afirmei o que afirmei, estava a pensar na teoria de venda e compra de emissoes levado ao extremo, isto é, ele acabaria por ser todo privatizado, ou seja nas maos de poucos.

e nao, emitido sobre a forma de licenças anuais. uma ideia que não é má.

como tal, os estados nao poderiam recusar a venda do ar, pois esse acabaria por sair da sua esfera.
exemplo disto é a privatizaçao de agua que chegou a ser levada ao limite absurdo de proibir as pessoas de captarem agua das chuvas. portanto nao é um cenario fantasioso.

por outro lado, os paises mais desenvolvidos tem a responsabilidade de tomar a prevençao e reduçao de co2 até onde a tecnologia o permite e mais alem.

de resto, muita das razoes estao apontadas no texto do post.

Anonymous said...

alias essa teoria levada ao extremo seria ridicula, nesta questao.
as pessoas seriam um mercado muitissimo apetecivel, ha milhoes de pessoas que usam o escasso ar livre de co2 e que o tranformam em co2. portanto e como acontece com as empresas, teoricamente as pessoas teriam tambem de pagar para usar o ar atmosferico.

atençao estamos a falar em principios teoricos.