A respeito do Magalhães, uma observação frequente é que foi lançado sem qualquer estudo sobre o impacto pedagógico de dar conputadores a crianças.
Recentemente saiu um estudo feito na Roménia (pdf) que pode lançar alguma luz sobre o assunto.
A maior parte dos estudos acerca dos efeitos dos computadores sobre as crianças têm um problema - mesmo que o estudo diga que as crianças que têm computador em casa apresenta, determonadas caracteristicas distintas das que não tê,, é díficl saber se essas diferenças são causadas pelos computadores ou por outras razões (p.ex., as familias terem maiores rendimentos).
No caso do estudo romeno, comparou-se as crianças de familias de baixos rendimentos que receberam um voucher no ambito de um programa estatal de divulgação dos computadores (ou seja, uma espécie de versão transcárpatia do e-escolinhas) com familias do mesmo nivel socio-económico que não o receberam, pelo que em principio não há terceiros factores (como rendimento ou educação) a poluir a análise.
As conclusões: o lado positivo - as crianças que têm um computador em casa sabem melhor como mexer em computadores (surpresa!) e têm melhores resultados num teste de inteligência (deste gênero); o lado negativo - as crianças que têm um computador têm piores resutados a Matemática, Inglês e Romeno.
O estudo também chegou a algumas conclusões curiosas sobre o efeitos das normas parentais - nos casos em que os pais impõem normas do género "tens que estudar 'X' horas por dia", os efeitos positivos de ter um computador mantêm-se, mas os negativos reduzem-se; pelo contrário, quando as regras são do tipo "não podes estar mais de 'Y' horas por dia no computador", os efeitos negativos mantêm-se, mas os positivos reduzem-se (ou seja, pelos vistos dá mais resultado obrigar as crianças a estudar do que proíbi-las de estar no computador).
[Via Freakonomics]
Tuesday, March 23, 2010
Efeitos dos computadores - um estudo empírico
Publicada por Miguel Madeira em 10:39
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