Saturday, March 20, 2010

A etiqueta "anarquismo: esquerda vs. direita"

O Rui Botelho Rodrigues,  em resposta aos meus posts, publicou Direito Natural e Ética Argumentativa, Continuando a conversa (II) e Continuando a conversa (III).

Nos próximos dias, eu deverei responder (e ao Carlos Novais), mas para já chamo a atenção para algo que o RBR escreve:

na etiqueta do post o Miguel põe: anarquismo: esquerda vs direita. Ora, devo dizer-lhe que me considero de esquerda, não só porque o anarquismo é obviamente de esquerda, mas porque o liberalismo e a propriedade privada são-no igualmente. Lembremos que Bastiat, na assembleia francesa, se sentava à esquerda de Proudhon. Como Herbert Spencer analisou e bem, o marxismo é a aplicação de meios conservadores para fins liberais, ou seja: um objectivo de esquerda veiculado por meios de direita. E se é verdade que a questão terminológica não é importante para o essencial da questão, posso assegurar-lhe que não me considero de direita. Considero-me na extrema esquerda, e considero a abolição de propriedade privada e a propriedade comum como uma espécie de aberração absolutista e cristã, isto é, de direita.
Sem concordar totalmente com o que RBR escreve (ou talvez até discordando mais que concordando), mas também sem discordar completamente (agora penso no assunto, há quase um mês que tenho um post em rascunho que pode ter uma vaga semelhança com isso) , reconheço que é um ponto pertinente (diga-se que desconhecia essa posição de Spencer, que apenas atribuía a Rothbard). Assim, mudei a etiqueta para "anarquismo: socialismo vs. capitalismo".

3 comments:

mescalero said...

Esse tal de Rui diz-se anarquista (embora na versão oximórica anarco-capitalista) e usa como argumento a posição relativa da cadeira em que Proudhon sentava o seu cú revolucionário no parlamento francês? Mas que grande confusão!

Rui Botelho Rodrigues said...
This comment has been removed by the author.
vxcvxvc said...

peço desculpa pela minha irremediável cabeça confusa. estava sob a impressão de que os termos «direita» e «esquerda» se tinham definido pelos cus sentados nesse mesmo parlamento. erros meus, má fortuna.

nunca pensei que a terminologia fosse um tema tão explosivo.