Os defensores das ensino privado por vezes dizem que lá resolvia-se o problema do bullying, já que tem o poder de expulsar alunos.
Mas o bullying frequentemente (e quase por definição) está ligado a vários a agredir um. Assim, se um pai ir queixar-se que o seu filho está constantemente a ser importunado pelos colegas, será que a escola irá optar por expulsar vários clientes, ou achará que é melhor perder apenas um cliente e responder "Pois, já estamos alertados para isso, mas o seu filho é uma criança muito especial, ele não se integra muito no grupo, não seria melhor arranjar uma escola mais adequada para ele? Nós tratamos da papelada toda e das equivalências, não se preocupe".
Aliás, se há instituições de ensino que até têm grande fama de bullying são os internatos ingleses (privados, embora admito que aí o factor "colégio interno" possa ter efeitos específicos); pelo menos na ficção, são recorrentes os exemplos, como algumas passagens do filme "Yanks" (em que o filho de uma protagonista está num colégio e constantemente a querer ir-se embora porque os outros batem-lhe por ele ser mau a desporto) ou como parece implícito nas entrelinhas de alguns livros de George Orwell (que andou nessas escolas. - é verdade que usar obras de ficção como fonte não é muito rigoroso, mas às vezes sãp do mais indicado que há para captar o "espírito do tempo".
[Já agora, por vezes ouço dizer que a "Escola Internacional do Algarve" do 5º ano para cima - até ao 4º acho que não - é um bocado uma colecção de gandulos de luxo, mas podem ser só boatos...]
Saturday, March 06, 2010
A questão do bullying (II)
Publicada por Miguel Madeira em 15:42
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