Depois do bullying e afins, agora a preocupação é que "crianças [saiam da] sem que ninguém [controle] essas saídas".
Muito honestamente, nos meus 9 anos de escolaridade obrigatória, só num (no 8º ano, em 1986/87) é que foi implementado um sistema de controle de saídas de alunos - num sistema a 3 cores, escolhido pelos pais: verde (podia sair sempre que quisesse); preto (só podia sair depois do fim das aulas); e amarelo (sinceramente, não me lembro o que significava o amarelo). Como o CD da Escola Secundária Poeta António Aleixo era à época dominado por professores próximos do PCP, até havia quem dissesse que era o "muro da vergonha" (embora quase toda a gente - incluindo eu - tivesse cartão verde). No 9º ano, já ninguém ligava a isso.
Aliás, na escola primária, tanto na Estrada de Alvor como na Mexilhoeira da Carregação, o nosso campo de brincadeiras favorito eram terrenos ao lado da escola.
E, no meu tempo, nunca ocorreu nenhum problema com isso (bem, numa das minhas escolas primárias, anos depois de eu lá ter andando, houve efectivamente um acidente grave com um aluno que tinha saído do recinto).
Na verdade, até suspeito que problemas como a tais "indisciplina" e "violência" ocorram mais se os alunos não puderem saír da escola - afinal, muitos dos alunos que aproveitem os "furos" para ir "vadiar" pelas redondezas serão provavelmente os mesmos que seriam propensos a armar distúrbios se ficassem dentro da escola.
[O que provavelmente deverá ser controlado não é quem saí da escola, mas quem entra...]
Friday, March 19, 2010
As escolas que não controlam as saídas
Publicada por Miguel Madeira em 14:56
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