Wednesday, April 16, 2008

Um proto-neo-cons português no seu pior

E um exemplo de como o maior perigo do ocidente são os seus defensores que não aprenderam nada com a WWI (ganha por Lenine e pelo fascismo e nazismo - perdida pelas monarquias europeias, pessoalmente bem mais civilizadas ainda que falíveis), nem com a WWII (ganha por Estaline, perdida pelo maior Império da história - o de Churchill).

Henrique Burnay no 31 da Armada: "O Império russo

Dirigindo-se a uma plateia de mais de 500 intelectuais, políticos, responsáveis de ONGs e activistas pela democracia, a primeira-dama da Ucrânia, Kateryna Yushchenko, explicou a história do seu país e os desafios que enfrenta. A última vez que a Ucrânia foi independente (não com as dimensões de hoje) foi há mais de setecentos anos. Entretanto foram invadidos, ocupados, usados, abusados e assassinados. Mas apesar de um tão longo período de inexistência, alguma coisa permaneceu porque nos últimos cem anos a Ucrânia declarou ou tentou declarar a independência várias vezes. Sempre sem sucesso. É por isso que a necessidade de obter alguma protecção do ocidente é tão sentida – seja a NATO ou a União Europeia. E é isso que alguns políticos europeus, e intelectuais, não parecem aceitar. Para eles, como para a Rússia, a Ucrânia, e muito provavelmente todas as ex-repúblicas soviéticas (com excepção das do Báltico), são, irremediavelmente, parte integrante de uma extensa área de influência por direito próprio dos russos (sejam eles czaristas, comunistas ou pós-comunistas). Ao assegurar que o que era soviético permanece, no essencial, sob a o seu domínio, a Rússia garante-se enquanto poder imperial na região e, por essa via, como potência mundial. Se acharmos que uma potência não democrática e rica em energia que usa para manipular as relações com os seus vizinhos não é uma ameaça, tudo bem. Se, pelo contrário, percebermos nesta vocação imperial uma ameaça à nossa segurança, temos de agir. E, nesse caso, onde a NATO não poder ou não dever chegar, tem de a União Europeia de ir. Dar, agora, um sinal positivo à Ucrânia, é importante. Até porque a democratização ainda está numa fase muito primitiva.Como sempre, no Meia Hora de segunda-feira"

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