Nessa altura, eu era um trotskista entusiasta, e estava convencido que isto era a tal "revolução politica" que iria dar origem ao "verdadeiro socialismo" (substituindo o poder da burocracia estatal e partidária pelo dos "conselhos operários"). Aliás, os protestos na RDA haviam sido organizados por um movimento da "esquerda alternativa", o que só era motivo para entusiasmo.
Nada do que eu previa/esperava que acontecesse aconteceu, claro - não só o resultado foi a restauração capitalista, como não surgiu um movimento de massas anti-capitalista e anti-estalinista que capitalizasse o descontentamento criado com o desemprego que tal originou (foram os herdeiros do velho regime que ocuparam esse espaço).
É interessante, aliás, comparar o que se pensava na época com o que se pensa actualmente. Em 1989/90, a grande discussão era se a queda do comunismo era o resultado dos problemas intrinsecos do sistema, ou se era o resultado da acção de um homem - Gorbachov. Há época, ninguém se lembrava de falar no Reagan, que hoje muita gente apresenta como "o homem que derrotou o comunismo!" (para falar a verdade, a atribuir esse título a alguém, acho que deveria ser ao Papa).
Nada do que eu previa/esperava que acontecesse aconteceu, claro - não só o resultado foi a restauração capitalista, como não surgiu um movimento de massas anti-capitalista e anti-estalinista que capitalizasse o descontentamento criado com o desemprego que tal originou (foram os herdeiros do velho regime que ocuparam esse espaço).
É interessante, aliás, comparar o que se pensava na época com o que se pensa actualmente. Em 1989/90, a grande discussão era se a queda do comunismo era o resultado dos problemas intrinsecos do sistema, ou se era o resultado da acção de um homem - Gorbachov. Há época, ninguém se lembrava de falar no Reagan, que hoje muita gente apresenta como "o homem que derrotou o comunismo!" (para falar a verdade, a atribuir esse título a alguém, acho que deveria ser ao Papa).
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