O Ricardo Araújo Pereira parece achar que não, mas afinal até pode ser que sim:
Languages use different systems for classifying nouns. Gender languages assign many -- sometimes all -- nouns to distinct sex-based categories, masculine and feminine. Drawing on a broad range of historical and linguistic sources, this paper constructs a measure of the proportion of each country's population whose native language is a gender language. At the cross-country level, this paper documents a robust negative relationship between the prevalence of gender languages and women's labor force participation. It also shows that traditional views of gender roles are more common in countries with more native speakers of gender languages. In African countries where indigenous languages vary in terms of their gender structure, educational attainment and female labor force participation are lower among those whose native languages are gender languages[Via Tyler Cowen]
Mas suspeito que pode haver uma inversão da relação causa-efeito: não as sociedades cuja gramática não distingue "géneros" terem mais igualdade entre homens e mulheres, mas sim as sociedades com historicamente mais igualdade entre homens e mulheres terem por isso evoluído para uma linguagem sem género (e bate certo com esse efeito ser, ao que parece, maior nos países subdesenvolvidos, em que é de esperar que a sociedade atual seja mais parecida com a sociedade que existiu durante séculos, enquanto o idioma se formou).
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