Qual é a lógica de, num artigo do Expresso sobre a "sharia" (a lei islâmica), tanto a fotografia como a peça sobre o Iraque são sobre Dua Khalil Aswad, a rapariga yazidi morta à pedrada pela familia e vizinhos por ter fugido de casa para se casar por um muçulmano?
Sim, eu sei que se uma rapariga muçulmana do zona fugisse de casa para casar com um yazidi (ou mesmo com um muçulmano não aprovado pela família) teria quase de certeza o mesmo destino, mas, mesmo assim, o exemplo parece-me pessimamente escolhido.
Sim, eu sei que se uma rapariga muçulmana do zona fugisse de casa para casar com um yazidi (ou mesmo com um muçulmano não aprovado pela família) teria quase de certeza o mesmo destino, mas, mesmo assim, o exemplo parece-me pessimamente escolhido.
2 comments:
Boa observação! Mas a lei iraquiana, antes ou depois da invasão, era inspirada na sharia que sanciona este tipo de comportamento. Logo, o aparato legal da sharia permite este tipo de comportamentos. Nesse sentido, o texto do expresso não está errado.
"Mas a lei iraquiana, antes ou depois da invasão, era inspirada na sharia que sanciona este tipo de comportamento"
Bem, de acordo com o próprio mapa do Expresso, a lei iraquiana não seria muita inspirada na sharia (o Iraque aparece com a cor de "paises de maioria muçulmana aonde o Estado é laico ou se aplica tolerantemente a sharia"); e penso que, de acordo com a lei iraquiana, estas lapidações são ilegais (o próprio facto de ter havido algum escandalo por a policia curda não ter feito nada indicia que era suposto fazer alguma coisa)
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