Há duas ressalvas aos valores que estimei aqui.
A primeira é que me parece muito suspeito o comportamento da variável "fase" (a fase em que foram feitos os exames): quando analisei o seu efeito sobre as notas de cada exame, o resultado era apenas de uma décima de valor; mas, quando se trata do efeito sobre as notas médias da escola, o efeito passa a ser por volta de 5 valores. Ou seja, se tudo o resto for igual, um exame feito na segunda fase terá uma nota inferior em 0,1 valores a um exame feito na primeira (à partida, se os exames forem bem concebidos, faz sentido que a diferença seja mínima), mas numa escola em que metade dos exames fossem feitos na segunda fase, a média seria 2,5 valores inferior a uma em que todos os exames fossem feitos na primeira (ou seja, o efeito sobre a média de escola é 50 vezes maior do que sobre os exames individuais).
A única explicação que me ocorre para isso é que, nas escolas em que mais exames sejam feitos na segunda fase, as notas da primeira fase sejam mais baixas. Assim, fui calcular a correlação entre a proporção de exames feitos na segunda fase e a nota média dos exames da primeira fase: o resultado foi -0,38. Não é um valor muito alto, mas também não é muito baixo, e comprova a ideia de que, quantos mais exames feitos na segunda fase, mais baixa é a nota dos exames da primeira.
Ora, a mim parece-me muito difícil de acreditar que o facto de muitos exames serem feitos na segunda fase faça baixar as notas dos exames da primeira (sinceramente, não vejo qual possa ser o mecanismo causal); assim parece-me é que, quer as baixas notas na primeira fase, quer a ida de mais alunos à segunda, devem ser causadas por um terceiro factor. Desta forma, acho melhor refazer os cálculos sem incluir a "fase" como variável explicativa (já que suspeito que a "fase" é mais um efeito do que uma causa). No entanto, apresentarei os dois resultados, para os leitores decidirem por eles qual acham melhor.
Há também outro detalhe, que explicarei a seguir.
A primeira é que me parece muito suspeito o comportamento da variável "fase" (a fase em que foram feitos os exames): quando analisei o seu efeito sobre as notas de cada exame, o resultado era apenas de uma décima de valor; mas, quando se trata do efeito sobre as notas médias da escola, o efeito passa a ser por volta de 5 valores. Ou seja, se tudo o resto for igual, um exame feito na segunda fase terá uma nota inferior em 0,1 valores a um exame feito na primeira (à partida, se os exames forem bem concebidos, faz sentido que a diferença seja mínima), mas numa escola em que metade dos exames fossem feitos na segunda fase, a média seria 2,5 valores inferior a uma em que todos os exames fossem feitos na primeira (ou seja, o efeito sobre a média de escola é 50 vezes maior do que sobre os exames individuais).
A única explicação que me ocorre para isso é que, nas escolas em que mais exames sejam feitos na segunda fase, as notas da primeira fase sejam mais baixas. Assim, fui calcular a correlação entre a proporção de exames feitos na segunda fase e a nota média dos exames da primeira fase: o resultado foi -0,38. Não é um valor muito alto, mas também não é muito baixo, e comprova a ideia de que, quantos mais exames feitos na segunda fase, mais baixa é a nota dos exames da primeira.
Ora, a mim parece-me muito difícil de acreditar que o facto de muitos exames serem feitos na segunda fase faça baixar as notas dos exames da primeira (sinceramente, não vejo qual possa ser o mecanismo causal); assim parece-me é que, quer as baixas notas na primeira fase, quer a ida de mais alunos à segunda, devem ser causadas por um terceiro factor. Desta forma, acho melhor refazer os cálculos sem incluir a "fase" como variável explicativa (já que suspeito que a "fase" é mais um efeito do que uma causa). No entanto, apresentarei os dois resultados, para os leitores decidirem por eles qual acham melhor.
Há também outro detalhe, que explicarei a seguir.
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