Num comentário, Zé da Burra faz algumas observações sobre "Insucesso e abandono escolar".
Eu até não discordo de todos, mas há dois de que discordo bastante (ou seja, discordo da discordância):
"3) As faltas ocasionalmente dadas pelos alunos às aulas não devem contar para a passagem ou não de ano"
E que mal vem ao mundo se os alunos faltosos passarem de ano, se forem aprovados num exame feito no fim (que, creio, é o que está na mesa neste momento)?
Aliás, até é paradoxal que, em regra, as pessoas que mais reclama dessa medida sejam as mesmas que mais defendem a avaliação por exames em detrimento da avaliação continua. Ou seja, para umas coisas, os exames é que são bons, e para outras já é "facilitismo"?
"6) Reduzir o número de exames a que os jovens estão sujeitos. Dentro de poucos anos pretende-se mesmo eliminá-los, ficando os jovens com a garantia de que ao fim dos 12 anos de escola obtêm o 12.º ano de escolaridade."
Mesmo que os exames fossem eliminados, os jovens não ficariam com "a garantia de que ao fim dos 12 anos de escola obtêm o 12.º ano de escolaridade".
Eu, pessoalmente, entre a 1ª classe e 12º ano, só tive UM exame (a Português do 10º/11 ano, a que tinha reprovado) e grande parte dos meus colegas não tiveram NENHUM (PGA não conta, já que não se destinava à avaliação), e tenho dúvidas que a minha (nossa) formação tenha ficado particularmente prejudicada com isso.
Até seria interessante fazer um exercício: comparar as notas das "provas especificas" do meu tempo com as notas dos exames do 12º ano dos últimos tempos (ou seja, comparar a geração que não fez exames - além dos de entrada na faculdade - com as que passaram a vida a fazer exames). Se, efectivamente, os exames são assim tão bons (face à "avaliação contínua"), será de esperar que os estudantes de agora tenham notas muito melhores das que nós tínhamos... (aviso desde já que não faço ideia de qual seria o resultado desse estudo).
Eu até não discordo de todos, mas há dois de que discordo bastante (ou seja, discordo da discordância):
"3) As faltas ocasionalmente dadas pelos alunos às aulas não devem contar para a passagem ou não de ano"
E que mal vem ao mundo se os alunos faltosos passarem de ano, se forem aprovados num exame feito no fim (que, creio, é o que está na mesa neste momento)?
Aliás, até é paradoxal que, em regra, as pessoas que mais reclama dessa medida sejam as mesmas que mais defendem a avaliação por exames em detrimento da avaliação continua. Ou seja, para umas coisas, os exames é que são bons, e para outras já é "facilitismo"?
"6) Reduzir o número de exames a que os jovens estão sujeitos. Dentro de poucos anos pretende-se mesmo eliminá-los, ficando os jovens com a garantia de que ao fim dos 12 anos de escola obtêm o 12.º ano de escolaridade."
Mesmo que os exames fossem eliminados, os jovens não ficariam com "a garantia de que ao fim dos 12 anos de escola obtêm o 12.º ano de escolaridade".
Eu, pessoalmente, entre a 1ª classe e 12º ano, só tive UM exame (a Português do 10º/11 ano, a que tinha reprovado) e grande parte dos meus colegas não tiveram NENHUM (PGA não conta, já que não se destinava à avaliação), e tenho dúvidas que a minha (nossa) formação tenha ficado particularmente prejudicada com isso.
Até seria interessante fazer um exercício: comparar as notas das "provas especificas" do meu tempo com as notas dos exames do 12º ano dos últimos tempos (ou seja, comparar a geração que não fez exames - além dos de entrada na faculdade - com as que passaram a vida a fazer exames). Se, efectivamente, os exames são assim tão bons (face à "avaliação contínua"), será de esperar que os estudantes de agora tenham notas muito melhores das que nós tínhamos... (aviso desde já que não faço ideia de qual seria o resultado desse estudo).
1 comment:
"E que mal vem ao mundo se os alunos faltosos passarem de ano, se forem aprovados num exame feito no fim (que, creio, é o que está na mesa neste momento)?"
Em tese, sim, perfeitamente de acordo. Resta saber se os exames serão identicos na realidade.
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