Imagine-se que, um dia, por qualquer razão, a Microsoft fica à beira da falência. Será mais uma daquelas empresas "too big to fail", necessitanto de ser salva pelos governos? Afinal, desaparecer a empresa que produz o software que mais de 90% dos computadores no mundo utiliza teria, com certeza, grandes externalidades negativas.
Poder-se-á argumentar que se a Microsoft estivesse à beira da falência era sinal que já não haveria tantos computadores como isso a usar o Windows e o MS Office; mas as receitas da MS dependem sobretudo das vendas de software (um "fluxo"), e é perfeitamente possível um cenário em que as vendas tenham uma queda significativa mas a quantidade total de computadores usando esse software (um "stock") se mantenha elevada.
Poder-se-á argumentar que se a Microsoft estivesse à beira da falência era sinal que já não haveria tantos computadores como isso a usar o Windows e o MS Office; mas as receitas da MS dependem sobretudo das vendas de software (um "fluxo"), e é perfeitamente possível um cenário em que as vendas tenham uma queda significativa mas a quantidade total de computadores usando esse software (um "stock") se mantenha elevada.
2 comments:
Excelente, oportuno post.
Luís Lavoura
«A conclusão é óbvia: as nossas instituições não têm conseguido melhorar a sua organização e tornarem-se, por essa via, mais produtivas.»
Acho que seria exactamente o oposto. Findo o direito de propriedade, qualquer casa de software, poderia iniciar a produção dos produtos Microsoft em muito pouco tempo. Depois há a internet: acha mesmo que iriamos ficar sem exemplares da Microsoft disponíveis?
Se não viesse outro golias (Google, por ex.) aproveitar o espaço deixado para ele próprio se tornar monopolista, talvez se passasse para uma situação de produção concorrencial de software. No entanto, devo reconhecer que acho que é o lado da procura quem está menos interessado na existência de grande variedade de sistemas operativos por razões de compatibilidade.
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