A propósito do MM dizer:
[já agora, pelo que sei da politica norte-americana, não me parece que essas ideias de alianças entre Libertários e Verdes façam grande sentido: podem ser parecidos em questões de politica externa e de liberdades civis, mas penso que demasiado diferentes no resto]
Sempre achei que existia algo de ecológico-social no primado "libertarian" da não coerção sobre o livre arbítrio da pessoa, os seus contratos voluntários e a sua propriedade honesta. Afinal, da mesma forma que os sistemas ecológicos atingem um equilíbrio entre as várias espécies, de características muito diversas, de capacidades físicas bem diferentes, a ordem social pode, dizem, conjugar desenvolvimento para todos e liberdade, num equilíbrio natural (note-se que não estou a falar de darwinismo social) que dá lugar a todos (incluindo a acção social voluntária).
Além disso, muitos libertarians evocam precisamente os problemas de ambiente como resultado de um deficiente funcionamento do direito (estatista) e do sistema judicial (estatista), ao não reconhecer como direitos de propriedade (sujeitos a homesteading) as características do ambiente inerente aos residentes-proprietários. Sem essa deficiência, uma indústria que queira instalar-se ao lado de uma aldeia que lá está há muito tempo teria no mínimo de negociar (e se é que estariam dispostos a isso) a invasão dos seus direitos sobre a qualidade do ar, água, etc. Isso daria lugar a jurisprudência em casos de litígio, abrindo o espaço para que um dado equilíbrio fosse possível também nesse domínio.
Para já, muitas negociatas entre o poder central e os projectos (industriais, turismo, etc) seriam substituídos por benefício directo das comunidades locais, porque seriam estas a ter direitos reais, em vez de estes serem nacionalizados pelo poder central.
Será mesmo impossível o diálogo?
Monday, March 31, 2008
Ecologia ... social
Publicada por CN em 23:31
Etiquetas: Textos de Carlos Novais
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